Sempre gostei muito de escrever, cozinhar, aprender idiomas, conhecer a cultura dos meus ancestrais, de estudar PNL – Programação Neurolinguistica, de internet e... de teletransporte. Como o teletransporte físico ainda não é possível, mas o subconsciente não distingue o real do imaginário... viajo neste blog por memórias deliciosamente impregnadas dos aromas e sabores das receitas postadas. Você é meu convidado! Venha viajar comigo!
Blog da Úrsula
- Úrsula Mueller
- Jaraguá do Sul, Santa Catarina, Brazil
- Catarinense de Jaraguá do Sul, filha de Giga, da casa de Traudi.
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Lebkuchen: O pão-de-mel alemão
Se os amantes das bolachas de mel quiserem conhecer as cidades de origem desta especialidade, precisam percorrer o país. Aachen, Coburg, Nurembergue e Pulsnitz são os destinos dos peregrinos do 'lebkuchen'.
A origem da palavra lebkuchen é, até hoje, incerta. Alguns pesquisadores acreditam que o termo signifique "bolo da vida", pois leb viria de leben (do alemão vida, viver) e kuchen (bolo). Já laib, em germânico, significa corpo, como por exemplo, a hóstia representando o corpo de Cristo na liturgia cristã. Em Latim, libum significa pão achatado ou também oferenda.
Pfefferkuchen (literalmente, bolo apimentado em alemão) é outro nome do lebkuchen. Sua origem está no fato de que "pimenta", como termo genérico, se referia a especiarias raras em geral provenientes do Oriente.
Historiadores afirmam que a bolacha natalina, como é conhecida hoje, foi inventada na Bélgica, seguindo de lá para a Alemanha. Em Aachen, que fica na fronteira entre os dois países, recebeu o nome de Aachener Printen.
Em seguida, as freiras nos conventos francônios, adotaram o doce como sobremesa. O nome lebzelter (ou pfefferkuchenbäcker, padeiro de lebkuchen) foi documentado pela primeira vez em 1296 em Ulm, depois em 1370 em Munique, e 25 anos mais tarde, em Nurembergue.
Mas quais os ingredientes básicos do lebkuchen? Anote aí: farinha de trigo, mel, amêndoas e especiarias (principalmente canela, cravo e anis). Em lugar do fermento convencional, usa-se sal amoníaco ou potassa (carbonato de potássio).
Corações de pão de mel
O lebkuchen pode ser feito em diversos formatos, o mais especial é em forma de coração. Esta versão romântica não é apreciada apenas nas feiras natalinas tradicionais, como também em quermesses durante todo o ano e na famosa Oktoberfest.
Mas, cuidado, este lebkuchen é muito duro, pois normalmente os corações não são consumidos, mas sim, comprados como lembrança e usados para decoração.
As bordas dos corações são enfeitadas com glacê de açúcar e com este mesmo glacê escrevem-se mensagens no centro, do tipo "Eu te amo" ou "Ao meu grande amor". Por isso, não se surpreenda ao encontrar um coração desses pendurado no pescoço de um cidadão que se diverte no mercado de Natal. Geralmente, são comprados para presentear amigos(as) e namorados(as).
Na rota do lebkuchen
Pulsnitz é uma cidade alemã que quase ninguém conhece. Ao menos pelas pessoas que não gostam de pão de mel. Quem aprecia um dos mais tradicionais biscoitos natalinos sabe que junto com Aachen, Nurembergue e Coburg, Pulsnitz, com seus 15 mil habitantes, não perde em nada para as grandes cidades.
Nurembergue, no estado da Baviera, detém o recorde de maior produtor da bolacha. A diferença é que em Pulsnitz o trabalho é praticamente artesanal: uma tradição de quase 400 anos na fabricação do Pulsnitzer Pfefferkuchen.
Como é feito em pequenas padarias familiares, os ingredientes exatos são passados de geração a geração.Também casinhas de pão de mel decoradas com guloseimas são feitas ali.
Quem quer seguir a rota do lebkuchen pela Alemanha (lembrando que a bolachinha já atravessou a fronteira há anos, e faz sucesso em países vizinhos), é só botar o pé na estrada e ir para Aachen, no oeste alemão, e experimentar o Aachener Printen ou entrar em um trem e cruzar o país durante mais de sete horas, para chegar a Coburg, ao norte de Nurembergue.
Em Coburg, de 41 mil habitantes, pedir por lebkuchen pode ser um pouco complicado. Melhor utilizar a palavra schmätzchen.
Resolvido o problema lingüístico, é aproveitar a delícia local, que pode ser comprada diretamente do fabricante. Os produtos da fábrica de Wilhelm Feyler ainda mantêm um requinte dos tempos em que foi fornecedor oficial da nobreza alemã nos séculos passados: os goldschmätzchen são decorados com um pedacinho de uma folha de ouro.
Fonte: Deutsch Welle
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Meu nome é Angela, sou descendente de família alemã, será que podes me dar a receita de seu biscoito, pois quero colocar na minha arvore de natal, eu tinha uma receita parecida que ganhei de minha vó, mas quando mudei de casa ela sumiu, então se puder me ajudar lhe fico muito grata.Um grande abraço.
ResponderExcluirOi, Ângela!
ResponderExcluirdesculpe não ter conseguido responder antes! Espero que você tenha encontrado suas receitas aui no nosso blog.
um abraço e um excelente 2010!
Quem diria!
ResponderExcluirPesquisei sobre pão de mel e logo fui encontrar uma "prima"!!!! rsrsrsr
Adorei o artigo.
Parabéns!
Hans Müller
de São Paulo
Oi, "primo"!
ResponderExcluirJá pensou se computássemos 10% da população alemã atual como parentes? Seria bem interessante, não é?
Volte sempre!
abraço,
Úrsula