
Hoje a mídia passou o dia festejando a efeméride da chegada do homem à Lua.
Eu não pude deixar de lembrar com igual intensidade de que eu, na época com 9 anos de idade, tive que fazer uma redação sobre o momento histórico. Lembro que minha redação acabou chamando a atenção porque fui a única a questionar o fato: eu realmente não conseguia entender por que o homem voltava seus olhos e todos os seus esforços (e caros recursos, isso eu supunha) para chegar à Lua, enquanto crianças morriam de fome e de medo na guerra de Biafra.
Eu havia ficado horrorizada nos dias anteriores ao evento por ter visto uma foto semelhante a esta numa das raras revistas que nos chegavam às mãos na época.
Passados quarenta anos eu ainda não entendo muito bem isso tudo, apesar de já compreender melhor o benefício das pesquisas facilitadas pelas viagens lunares de então. Acho que as que mais me agradam são o teflon e o velcro, mas sei que outros materiais foram desenvolvidos para e a partir daquelas viagens.
Tantas guerras já se passaram e tantas ainda estamos vivendo. Tomara que as pesquisas envolvidas nas próximas viagens, já programadas para daqui a 11 anos possam beneficiar mais criancinhas famintas, afinal, de que adianta o teflon se não se tem o que colocar dentro da frigideira e o velcro se não se tem roupas para fechar com ele?
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